Cada “cama” tem seu uso…

Esta entrada é parte 9 de 9 na série Cancelas

E cada “colchão” tem seu fuso!

Não se esgota nos “sommiers” metálicos, a engraçada, prática e expedita reconversão em cancelas!!! Também os colchões de molas começam a proliferar e a ser utilizados para tão insólita função.

Infelizmente são uma má opção… e, sinceramente, não lhes acho piada nenhuma.

Por outro lado, compreendo bem o problema destas gentes ao quererem desfazer-se destes monstros domésticos. Não há um sistema de recolha a funcionar para estes tipos de lixo. Assim se “legitimam” estes maus comportamentos. Depois vem o frigorífico, a máquina de lavar e o televisor, o entulho das obras e as mobílias velhas.  Enfim, um sem número de coisas que, primeiro, nos enchem de vergonha, para logo a seguir ilustrarem bem onde estão as pequeninas grandes diferenças de mentalidades e consciência ambiental. Mas também não posso deixar de rir quando penso que muita desta gente, que desde sempre sulfatou e adubou, tem actualmente um curso de manipulador de produtos fitossanitários, -bonito nome que eleva qualquer um à categoria de especialista! – porque assim o exige a tal Europa  à qual parece que pertencemos…

Mas não é a obrigatoriedade do “curso” que está mal! O que está mal é que nunca começamos pelo princípio…

Rir, é o melhor remédio!

Passeio domingueiro por Gustomeao

Depois de alterados os planos devido ao cancelamento da “Cãominhada“, pouco mais restava que um passeio domingueiro. Embora o Sol fosse espreitando timidamente, o céu encoberto sobrepunha-se aos cumes mais altos. Fácil. Caminhar a cotas mais baixas… ’tá-se mesmo a ver!!! Coisas de Domingo!

Saindo de Lobios ao acaso, pela estrada que nos conduz por Ogos, Delás, Saa, passámos por Gustomeao. Tomámos a decisão de estacionar e percorrer estes caminhos entre aldeias, como pretexto para esticar as pernas. Uma boa oportunidade para aprofundar os imensos caminhos e carreiros que servem – ou serviam – o acesso aos campos de cultivo, aos locais de pasto,  ligavam os diferentes lugares mais isolados, normalmente “estradas sem continuidade”, onde é difícil encontrar lugar para “inverter a marcha” quando nos vemos quase a arrancar com o retrovisor um pedaço de uma esquina já marcada com antigas cicatrizes…’ tá-se mesmo a ver!!! Coisas de Domingo! É incomparavelmente melhor percorre-los a pé.

Com as cores de Outono a renderem-se a efemeridade dia após dia, ainda podemos desfrutar de belos contrastes de verdes, amarelos, vermelhos e cores quentes de terra. Mesmo com uma luz difusa, própria destes dias enublados de montanha, encontramos locais que não cabem numa foto, por muito grande que seja a “resolução”. ;-)Mesmo assim, atrevi-me a tentar ser fotógrafo… ’tá-se mesmo a ver!!! Coisas de Domingo!

Brandas de Travanca, Berzavo e Bostejões

Mais um passeio, num “dia de encomenda” para caminhar, com o sol de Outono a realçar as cores da serra e com óptima companhia.

Cedo saímos e cedo regressámos. Havia uma segunda parte do programa que ficou por cumprir! Ficará para uma próxima. Cá p’ra mim, foi só pretexto para mais uma! Logo no início, uma viatura com jaulas para cães ali estacionada, recordáva-nos que era 5ª feira e dia de caça! Durante o percurso de ida e volta apenas ouvimos dois ou três disparos longínquos, e avistamos um só caçador ao longe. O silêncio da serra fazia-se superior, e algum gado que por ali pastava embalava-nos enquanto aqueles grandes e abertos espaços acastanhados pelos fetos que morrem e pelo verde que reaparece a camuflar o negro das zonas ardidas, nos enchiam os olhos e a alma. Até o cheiro dos cedros se fazia notar, ao ponto de ser comentado, tal era a sua intensidade. Deixemo-nos de poesia e…já sei! As fotos!

O Castelo de Arauxo

Saindo de Lobios pela estrada OU1206 antes de chegar ao Km 4, avistamos sobre a esquerda um pequeno outeiro actualmente muito fácil de localizar devido às antenas ali colocadas recentemente bem como o marco colocado no topo da elevação.

Tomando o caminho existente logo depois da placa indicativa – Castelo de Arauxo – acedemos ao local passando previamente na referida estação de retransmissão.

Segundo o Guía do Patrimonio do Concello de Lobios, “ o castelo asenta sobre un pequeno e escarpado cabezo con grandes penedos no seu cumio- ao que se adaptarian as murallas, os cubos e a torre da homenaxe- dende o que garantia así un perfecto control das terras que dominaba, exercendo sobre elas a autoridade politica, eclesiástica e militar.”

Ainda segundo o mesmo guia, ” o castelo foi obxecto de intervencións arqueolóxicas nos anos de 1988 e 1989 e os materiais arqueolóxicos procedentes delas sitúan a súa vida entre o século XII e a segunda metade do século XV cando coñece a sua destrucíon violenta

 

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