A cancela mais “feia” até hoje

Esta entrada é parte 8 de 9 na série Cancelas

Quando no mês passado circulava de carro pela estrada que nos leva desde a Feira Vella – Entrimo- até à Ponte Nova, cruzando o Rio Pacin e seguindo em direcção à Terrachan, procurando trilhos novos, deparei-me com uma marcação dissimulada na vegetação. Até aqui tudo bem! Numa primeira mirada, fiquei contente por ter encontrado um trilho. Mas, ao atentar no local, verifiquei com desalento que se tratava, não de qualquer início de trilho ou percurso marcado que eu julgava ter acabado de encontrar, mas sim de uma cancela.

Não bastando a utilização indevida destes dois postes de marcação, que já tiveram melhores dias, fossem lá eles de onde fossem, a “cancela” continha outras “atrocidades”, nomeadamente a utilização de arame farpado.

Alguns detalhes:

Sou um apaixonado por essas “poesias” que algumas soluções de cancelas e portões nos proporcionam. Esta de poético nada tem, infelizmente…

Antiga Ponte no rio Salas (Lobios)

Saindo de Lobios pela estrada OU-312, encontramos um primeiro viaduto chamado “da Portaxe” para logo a seguir encontrarmos um outro, este conhecido como viaduto de Salas, pois é nome do rio que atravessa.

Este viaduto, que liga terras de A Portaxe com o lugar de A Regada, subjacente a Ganceiros, substitui uma antiga ponte que agora se encontra submersa grande parte do tempo devido ao alagamento da albufeira do Lindoso.

A ponte, de um só arco e com tabuleiro asfaltado, possui(a) guardas em cimento formando uma balaustrada, quase intacta actualmente.

O arame farpado

Porque se usa arame farpado em vedações e cancelas, em meios rurais?

As procuras que fiz até ao momento (googlando!) foram, digamos, inconclusivas….No entanto tenho a “ideia” de que é proibido. Encontrei legislação referente ao seu uso obrigatório, bem como proibições , nada tendo encontrado relativamente à sua utilização na delimitação de terrenos, currais, cancelas, etc.

Alguém me pode ajudar relativamente à legislação que se aplica quanto à sua utilização para estes fins?

…cada roca tem seu fuso – 7

Esta entrada é parte 7 de 9 na série Cancelas

Sempre me fascinaram as cancelas (?) que por aí proliferam e que são verdadeiros monumentos à criatividade. Também são testemunho de muitas mudanças e evoluções. Cada vez que vejo uma destas “instalações”, por vezes dignas dos maiores artistas, não posso deixar de fazer algumas reflexões. Umas, são brincadeiras e exercícios rebuscados de humor. Outras, tentam ser mais sérias.

Uma coisa será certa! Sempre se aproveitou! e as coisas sempre tiveram uma segunda utilização, não duvido. Sempre do velho se fez novo. Uma velha cama pode muito bem ser a nova cancela…São, sem dúvida, uma necessidade de recursos e o reflexo das condições sócio-económicas de algumas sociedades. A necessidade aguça o engenho!