Carris – objectiva com frio…

Objectiva com frio…e olhar quente. Ou olhar frio por uma objectiva que, quase, condensa. Não com o contraste de temperaturas, mas por estar tão fria como os sentimentos de eternização presentes. Fotos, são momentos breves que nos entram nas objectivas. Que efémeros são, os momentos e as fotos. Que eternas são as experiências…

Um dia em cheio!

Sábado, 29 Janeiro.

Depois das ameaças do tempo, deixamos a “cumeada” para “outra” próxima –  pois já lá vão quatro – oportunidade, quando o S. Pedro e todos os Deuses e Padroeiros das montanhas, ou o Tempo, se ponham pelos ajustes. Foi assim que, quase sem dar por isso, salvo a surpresa de ver um grupo tão grande e, mais ainda, dar de caras com o FF,  sem a sua bicicleta, o que foi maior surpresa ainda, começamos a descer a Portela do Homem para virar à esquerda depois da ponte. Onde iríamos? E éramos tantos! O maior grupo que integrei até hoje. Uma experiência agradável, mas que foge um tanto ao quanto ao meu gosto pessoal. Nada a dizer dos participantes, todos simpáticos e bons caminheiros. Quanto a isso, nenhum reparo. Agradeço a todos a agradável companhia. Penitencio-me por, pela primeira vez, não ter tido oportunidade de me despedir de todos os participantes. Gostaria muito de ter estado presente até ao final, mas”imperativos” de horário, tal não o permitiram.

Pessoalmente prefiro grupos mais intimistas. Será falta de hábito? Talvez. Mesmo quando participo em algumas “andainas” organizadas por companheiros Galegos, com mais de uma centena de inscritos, sempre participei enquadrado em pequenos grupos, ou, melhor, sub-grupos de seis a dez pessoas, sem nunca deixar de observar os princípios elementares de segurança e inter-ajuda do grupo, considerando todos como companheiros participantes. São, necessariamente, coisas diferentes e de complexa comparação. Mas a ambiência dos grupos mais pequenos é-me mais grata.

Levantada a cancela, cada um a seu ritmo e a seu estilo, iniciávamos mais uma subida aos Carris, para depois tomar rumo de acordo com a estabilidade do tempo. Uma vez chegados ao complexo mineiro, foram horas de repasto e de visitação.  Foi muito abundante em momentos de diversão e gozo, coadjuvados pelos maravilhosos cenários e as suas constantes alterações. Ele era a Luz, a Temperatura, a Neve, A Neblina, o Céu Limpo, tudo e todos, qual orquestra sinfónica, como coisa séria, ou banda filarmónica, como coisa mais  divertida e reportório mais popular, sem deixar de ser sério, claro!

Um dia em cheio! Obrigado a todos e um agradecimento especial ao Rui, por mais esta iniciativa. Quando marcas a 5ª tentativa da “cumeada”? Certamente mais outro dia em cheio!

Subida ao Alto de Santa Eufémia

Domingo, 23 de Janeiro de 2011



Embora as previsões para o fim-de-semana fossem de bom tempo, (entenda-se, céu limpo) no respeitante ao vento frio e forte, eu tinha os meus receios.

Toca de puxar pela cabeça, colocar o chapéu pensador, e pensar onde iria eu com o Xavier e a Xarah.

– Já que está vento, digo cá para os meus botões, vamos experimentar vento. Mas sem riscos e de forma agradável, dizia-me o anjinho bom, ao mesmo tempo!

– Que tal subir a S.ta Eufémia, sempre ao socairo, tentando o primitivo trilho da Chan da Carballa, e depois de chegar lá cima, levar com umas boas rajadas do tal vento que se prometia? Todos os outros trilhos que me ocorriam como possíveis para “apresentar” ao Xavier, pareciam-me demasiado expostos ao forte vento Leste que já tinha “mamado” na 6ª feira ao subir ao Cantarelo, e digo-vos, o “biberão” estava mesmo frio…

Tudo como o previsto. À hora certa no local certo, um pequeno-almoço no Cubano para aclarar ideias, e zarpa que se faz tarde. Uma manhã fria, (-2,5ºc às 8:30h) mas, incrivelmente, quase sem vento! – Bons agoiros!Assim foi. Seguimos para Ludeiros – Cimodevila, para estacionar junto à capela de S. Pedro, mais propriamente debaixo do carvalho mais “surrealista” que conheço! 🙂 Pernas ao caminho, sempre na esperança de encontrar o trilho mais transitável, ou melhor, transitável, pois da última vez que o tentei (re)fazer, o mato era muito e fez-me mudar de ideias.Um sentimento de alívio invadiu-me quando ao avistar o trilho, ainda bem cá de baixo, o seu contorno estava perfeitamente definido encosta acima. Que bom, pensei de imediato. Com esta luminosidade e a esta hora do dia, com o trilho tão limpo como o céu, que mais se poderia querer? A paz que reinava por aquelas bandas enchia-me a alma…Mas o melhor aconteceu, como quase sempre, depois do “cume”. Ao tentar encontrar o outro antigo trilho para descer, pensando, (erradamente) que teria sido incluído nos recentes trabalhos de limpeza, fomos presenteados por um espectáculo maravilhoso. Contemplamos, durante largos minutos e muito próximo de nós, o voo de duas águias. Esta observação valeu o dia! Já ficaram para trás as paisagens maravilhosos e o desafiante trilho que tínhamos percorrido até ali. Entre a “atrapalhação  do fotografar” desta situação, e a opção de ser um privilegiado espectador, escolhia a segunda! Das fotos que tentei fazer, infelizmente, nada se aproveita. Mas o momento valeu!!!!!!

Agradeço ao Xavier ( e à Xarah) a companhia e o entusiasmo transmitido.

Cabeço do Cantarelo – Prados da Messe

Um dia fresco e com muito vento, mas um sol esplêndido e horizontes muito límpidos. Quando digo “com muito vento”, digo “com Muuuuuuito vento”. Um vento Leste frio, gélido e penoso…mas paisagens maravilhosas!


De Espendelo a Padrendo PNBL-SX

Ainda no final do ano 2010, percorri este agradável trecho junto ao rio Caldo, saindo da área recreativa de Espendelo – Lobios – até Padrendo. É um pequeno passeio que nos leva por locais pitorescos.