Estação sismológica

Saindo de Sáa, Lobios – Ourense, e  percorrendo o estradão de ligação às Sombras, ao passar em “A Lama que Treme”, recordo-me de na altura ter achado o topónimo curioso. Dei comigo em devaneios e formulando hipóteses, quase de forma inconsciente, tentando encontrar justificativos para tal nome.

Fui continuando o caminho passando, logo a seguir, numa pedreira abandonada. A quantidade de pedra com marcas das pegas de fogo é assinalável. Passando de brincadeira pura a raciocínios disparatados,  depressa fiz a patética associação da Pedreira e o Dinamite à Lama que Treme. Pudera! Não havia de tremer.

Continuei caminho sem quase reflectir no que pensava e deixando a mente vaguear, como que rindo sozinho e em silêncio das parvoíces que me passavam pela cabeça. Enchendo os olhos e o espírito com a paisagem e o caminho, reparo numa vedação e uma antena parabólica num alto não muito longe dali.

Só me faltava esta! A juntar à pedreira, às pegas de fogo e à Lama que Treme, surge uma estação sismológica.

Brincadeiras!!!

Trata-se da estação ELOB (estação de Lobios). Integra a Red Sísmica Nacional (RSN) constituída 69 estações, (37 delas com ligação via satélite (VSAT) e 32 com ligação telefónica) ligadas em tempo real com o Centro de Recepción de Datos Sísmicos localizado em Madrid. Mais informação aqui

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Baltar e Alto do Becerral

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Montagem panorâmica mostrando parte do trilho das Sombras em pleno Vale de Rio Vilameá. Em primeiro plano, Baltar e o Alto do Becerral.  Logo por trás a Serra de St.ª Eufémia. Lá no fundo são visíveis três trechos do trilho – (da direita para  a esquerda do observador) – 1 próximo da Ermida até à proximidade da Ponte de Paredes. 2 Depois da subida após a Ponte. 3 Depois da passagem da corga d’A Xesta. Esta é a vista desde o estradão que corre a margem direita

Antiga Pedreira de Chan das Casas

Ao percorrer o estradão nos leva  desde a saída de Sáa até As Sombras, encontrámos uma antiga exploração de granito abandonada, chegando a Chan das Casas. Actualmente, a maioria dos “edifícios” e “contentores” utilizados possivelmente na época da exploração, servem de currais ao gado que por ali deambula. Quando passamos não se via vivalma. Bastantes coelhos fugiam perturbados pela nossa chegada, escondendo-se apressadamente que nem coelhos!!!. Tínhamos encontrado anteriormente algumas placas informativas de “Zona de Caza Permanente” e “Zona de Adestramento de Cans”.

Por falar em cães, o único guardião era um cão! Fazia o seu papel, com ar convincente. Pedia paz, e em paz o deixamos, passando de largo.

As pedras em blocos semi-cortados, jazem abandonadas mostrando as cicatrizes de um trabalho que terá ficado a meio, tentando lentamente reintegrarem-se na paisagem.

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2 Vales – Lobios e Vilameá

Passando  Sáa em direcção a Gustomeao, município de Lobios, encontramos à direita um desvio para a pista das Sombras.

Um estradão de trânsito condicionado, sem portagem, mas com autorização obrigatória, que percorre ao Vale do Rio de Lobios e o Vale do Rio  de Vilameá, até à cancela do início da pista das sombras, passando pelo O Niño da Galiña, Chan das Casas e Lama que Treme, levando-nos até às corgas de A Xesta, Carballosa e Escada de Paredes, possibilitando uma outra visão do Vale e do trilho clássico da Ermida até As Sombras. Ao mesmo tempo permite-nos visualizar O Fitoiro e Baltar, na encosta oposta do vale, a uma cota muito diferente daquela a que nos habituamos no trilho das Sombras.

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Encosta do Sol

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Saindo da Portela do Homem e iniciando o caminho para o Cabeço de Palheiros, temos uma outra visão do Vale do Alto Homem, até ao Cabeço do Madorno. Em primeiro plano a Cruz do Pinheiro. Destaque para a Encosta do Sol.