Lindoso – Cuando cantan las sirenas

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Cuando cantan las sirenas en la Baixa Limia

Todo parecía indicar que había llegado la solución dialogada. Pero como en otras ocasiones, resultó ser un canto de sirenas. Tras la jornada del jueves en Entrimo y la propuesta de 20 millones de depósito previo, las siguientes negociaciones tenían visos de continuar entorno a una mesa. Pero no fue así. Los vecinos, cansados de años de negociaciones que no llegaban a ningún sitio, de palabras que llevaba el viento y de promesas sin cumplir, optaran – otra vez – por las presiones de fuerza.

En esta ocasión, y tras la amarga experiencia del miércoles,  se intentó evitar un choque con los antidisturbios. Pese a esta postura, la presencia de los efectivos de la Guarda Civil no era de todo rechazada por algunos sectores, que veían en ello una nueva oportunidad de saltar a la actualidad.

Un deseo comprensible si se tiene en cuenta que siempre que se hable de Lindoso, y las protestas vecinales, habrá mayores posibilidades de “arrancar” unas indemnizaciones más justas. Pero por otro lado, una postura que podría haber tenido como consecuencia – cuando las cosas están que arden cualquiera chispa es suficiente – que se volviesen a repetir las escenas del miércoles. Al final no paso nada. El órdago a la grande no fue el recogido y los antidisturbios miraron de lejos, mientras los vecinos observaban de cerca.

Ahora están encerrados. La noticia es huelga de hambre hasta conseguir una negociación justa y la paralización del proceso de expropiación. Es como la ultima tentativa para conseguir sus objetivos y para que las aguas de Lindoso no callen la voz de unos vecinos que ya exclaman, indignados, que “España nos vendió  a Portugal hace tiempo”. Y mientras siguen las reuniones a contra reloj, cuando estas tendían que haberse celebrado hace tiempo. Toda una guerra de nervios que ha puesto al rojo vivo una comarca que nunca estuvo favorecida por las administraciones. Quizás porque quede demasiado lejos para los coches oficiales.

La Region, edição de 22 Outubro 1991

Lindoso – A Terra e a Gente

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Esta pequena entrevista captada quando equipas da TVGalicia em finais de 1991 visitavam a região , mostra-nos um outro aspecto – não menos confrangedor que a perca das terras – mostra-nos a tristeza e a dor pela perda da identidade enquanto memória colectiva de um povo. De todo este drama que foi a perda irreversível das suas terras e das suas Memórias , sobressai também um sentimento de impotência e consequente sacrifício, . Estas declarações de sabedoria, de quem já tinha emigrado no início do século, vivido duas Guerras Mundiais e assistido à chegada do Homem à Lua, deixam-nos confrontados com a verdadeira dureza daqueles momentos.

Atentem nas palavras finais.  As palavras de alguém que correu mundo e voltou à sua terra, contrastadas num rosto de sofrimento e impotência. A preocupação com a continuidade, com  o legado à geração vindoura, são traduzidos no mesmo rosto, que não olha de frente…esgaravatando com o cajado no chão, calando as suas mágoas!

 

Lindoso – outras formas de luta

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Continuando a apresentar algumas das notícias publicadas na imprensa Galega durante o controverso processo de expropriação de terras e o encerramento das comportas da barragem do Lindoso, reporto-me aos factos de 21 de Outubro de 1991. La Region de 22Out91, dá-nos conta do início de uma greve de fome por tempo indeterminado. Enquanto um grupo de populares tentava atrasar, ou impedir mesmo, a constituição da mesa de levantamento das actas prévias, um outro grupo de afectados fechava-se na igreja e iniciava uma greve de fome.

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Os últimos momentos…

]Hoje a minha máquina fotográfica “si è serenamente spenta“.Literalmente! Sempre me dei bem com ela embora achasse que tinha uma tendência desmesurada para cair. Tinha múltiplas cicatrizes dos tombos que dava. Lançava-se assim, sem mais nem menos, sempre quando eu menos contava e, catrapus, volta meia volta lá estava ela no chão. Bom, às vezes eu prendia-a, confesso. E nunca me caiu enquanto estava com aquele cordel que trazem para o efeito. Lá isso é verdade!

Hoje foi a queda fatal. Deixou-me 3 fotos negras no final do cartão. Sinal de luto, penso eu. Resistiu firmemente ao nascer do Sol. Levou com ele de frente, ficou nervosa! Hidrofóbica como era, o erro foi meu! pousei-a delicadamente  em cima de um casaco, no muro da represa dos Carris, que embora com pouquíssima água, a deve ter assustado de morte. Mais tarde, puxei pelo casaco – esqueci-me dela…e zás! último suspiro com convulsões. Caiu! Não para a água. Pudera. Era hidrofóbica de todo. Já padecia de algumas maleitas anteriores, por causa da condensação. Até com o nevoeiro se dava mal. Preferiu estelar-se no chão. Pobre HP! ‘Tadita. Quase que ia parar às Negras.