Os últimos momentos…

]Hoje a minha máquina fotográfica “si è serenamente spenta“.Literalmente! Sempre me dei bem com ela embora achasse que tinha uma tendência desmesurada para cair. Tinha múltiplas cicatrizes dos tombos que dava. Lançava-se assim, sem mais nem menos, sempre quando eu menos contava e, catrapus, volta meia volta lá estava ela no chão. Bom, às vezes eu prendia-a, confesso. E nunca me caiu enquanto estava com aquele cordel que trazem para o efeito. Lá isso é verdade!

Hoje foi a queda fatal. Deixou-me 3 fotos negras no final do cartão. Sinal de luto, penso eu. Resistiu firmemente ao nascer do Sol. Levou com ele de frente, ficou nervosa! Hidrofóbica como era, o erro foi meu! pousei-a delicadamente  em cima de um casaco, no muro da represa dos Carris, que embora com pouquíssima água, a deve ter assustado de morte. Mais tarde, puxei pelo casaco – esqueci-me dela…e zás! último suspiro com convulsões. Caiu! Não para a água. Pudera. Era hidrofóbica de todo. Já padecia de algumas maleitas anteriores, por causa da condensação. Até com o nevoeiro se dava mal. Preferiu estelar-se no chão. Pobre HP! ‘Tadita. Quase que ia parar às Negras.