Portela do Homem – Louriça

 

O blogue Carris fez 4 anos

 

Domingo, 19 de Dezembro

Todos os pretextos para caminhar são bons! … Penso eu! Uns melhores que outros? Com certeza. Mas este era imperdível: O blogue CARRIS comemorava 4 anos. Se o blogue estava de parabéns, de parabéns estava (está) o Rui, a quem expresso aqui o meu apreço pelo rigor e seriedade no trabalho de pesquisa sobre as Minas de Carris, e pelo trabalho hercúleo e solitário de defesa de um património inestimável e que se vem perdendo de forma irreversível. Parabéns e obrigado Rui.

A juntar a tudo isto havia ainda todo o grupo. Excelentes companheiros. (Re)Viveram-se recordações 🙂 … e fizemos outros projectos.

O programa inicial de percorrer o trilho da cumeada, foi, prudente e sabiamente, alterado face às condições meteorológicas. Coisas da montanha! e face a um Climate change, nada melhor que um Programme change. Ainda subimos até à Cruz do Pinheiro, altura em que as nuvens que se avizinhavam foram soberanas. Descemos e decidimos “fazer um cumbíbio” num passeio relaxado  pela Mata de Albergaria, Palheiros, regressando à Portela do Homem pela Geira.

Lobios – Fábrica – Saá – Lobios

Sábado, 4 Dez.

Até os mais velhos tiveram dificuldades de recordar um nevão de tal intensidade e, sobretudo, a cotas tão baixas. A noite de Sexta para Sábado, fria e de céu limpo, prometia tréguas mas, fez com que a neve acumulada gelasse. Lobios e arredores acordavam brancos. Silenciosos e sem movimento automóvel. A   maioria das estradas envolventes  estavam completamente geladas.  Subir até à Portela do Homem estava fora de questão. Subir até Entrimo era arriscado. E já tinha havido alguns acidentes (Casal e Feira Vella) ao início da manhã! Nada como sair directamente do Cubano, monte acima! A temperatura rondava uns agradáveis 8ª e não havia vento. Um passeio contemplativo do silêncio branco da serra, do cheiro do ar frio vindo dos cumes mais distantes e que contrastavam com um céu cinza onde o Sol se escondia ameaçando romper a qualquer momento.

Pelo Vale de Vilameá

Das Forcadiñas a Chão do Requeixo

Saindo Lobios em direcção a Saá (o mesmo de sempre, sobretudo nestes últimos Domingos chuvosos!) – depois de passar Gustomeau – ao final dessa descida encontramos duas pontes. Um pequeno recanto permite estacionar o carro. Estamos nas Forcadiñas, confluência de duas ribeiras- corga da Ponicela e Rio da Chão do Requeixo – juntando-se ao Rio Cabaleiro ou Rio Macaco como é conhecido popularmente.  A Fervença das Forcadiñas proporciona, nestes dias mais invernosos, uma demonstração da força da água quando esta jorra abundantemente por entre as fragas.

Deixando o rugir das águas, inicia-se uma subida – Costa da Laxa- que nos leva até à Chão do Requeixo. Um passeio sem dificuldades, embora sempre à chuva, é compensador pelas cores exibidas pelos vales quando observados do alto.

Descendo o vale até à confluência da Corga da Pala e do Rego da Fonte Fria, passamos pela área recreativa da Chão do Requeixo, podendo depois prosseguir até Sampaio. Eu voltei para trás…

Pelo vale de Vilameá até à Amoreira

Não. Não fomos ver se a fronteira estava aberta. Mas estava! O tempo é que não. Vá lá, …feito o balanço…até podia ter sido pior. Não choveu muito, mas as nuvens poucas tréguas davam àqueles picos mais altos – Baltar, Fitoiro, Pion de Paredes… Nem o Altar de Cabrões deu um arzinho da sua graça, permanecendo envergonhado e escondido “entre as brumas” da montanha. Valeu a companhia e o convívio saudável. Obrigado Companheiros.  Ah! já me esquecia! – Como não ia lá há muito tempo 🙂 , passei pelas Sombras!!!