Em algumas horas…do “Fácil” ao “Impossível”

A elevada precipitação do passado fim de semana, fez ressuscitar rapidamente as linhas d’água. Ribeiros e rios “explodiram” por essas montanhas fora.

Apenas pela “curiosidade” das fotos – tem quase os mesmos enquadramentos  – e o intervalo de tempo em que foram realizadas, entre Sábado ao final da tarde, e Domingo de manhã, levam-me a apresentar aqui 6 fotos – em 3 comparações “antes” e “depois”.

Em poucas horas, o leito do rio cresceu de tal forma que, estou certo seguramente, algumas pessoas nem imaginam.

Sejam prudentes e “devorem” essas montanhas em segurança, sempre!

Uma travessia fácil, facilmente fica difícil…ou impossível!

Antiga Ponte da Portaxe

Algumas das antigas pontes da rede viária (antes de 1992) do Concello de Lobios – PNBL-SX, encontram-se, a maior parte do tempo, submersas devido aos níveis da albufeira do Lindoso. Durante o período estival, o abaixamento das águas permite-nos percorrer as antigas vias, e apreciar o curso natural do rio. Sempre tive algum fascínio por pontes, e fica aqui mais uma.

A Ponte da Portaxe. Como o nome  ( e a localização!), o local remete-nos para um sítio privilegiado de passagem. Unindo os lugares de A Portaxe  e Costa Pereira, servia para a travessia do Rio Cabaleiro.

Actualmente substituída pelo Viaduto da Portaxe, encontra-se intransitável a maior parte do tempo, como disse, devido ao alagamento desses terrenos pela albufeira. A via encontra-se cortada e sinalizada de ambos os lados. O tabuleiro mantém o alcatroado. As guardas eram constituídas por duas fiadas de granito aparelhado. A fiada superior, bastante ausente, está quase toda derrubada, restando algumas pedras na zona central. Algumas delas (poucas) encontram-se no leito rio.


Ponte Nova (Rio Pacin) até Vilar

Saindo no cruzamento da Feira Velha – Entrimo – PNBL-SX, seguimos pela estrada alcatroada que nos leva até à Ponte Nova, conhecido também como “as piscinas”, estacionando junto à área recreativa e parque de merendas. É um local muito frequentado no Verão como zona balnear. Seguimos a pé pela margem esquerda do Rio Pacín ( ou Rio da Montaña?), na tentativa de reconhecer alguns dos trilhos existentes e que (eventualmente) nos conduziriam até Queguas. Uma decisão de última hora fez-nos tomar um caminho à esquerda. Uma placa, já bastante antiga, e alguns sinais muito apagados, levar-nos-iam até Vilar. Uma pequena visita e o mesmo caminho de regresso.

Pontes do Laboreiro

São muitas as pontes ao longo do Rio Castro Laboreiro. Das mais singelas lajes às mais elaboradas obras de arte da construção, são testemunhos da rede viária e do isolamento destes lugares. Um rio que as pessoas aprenderam a dominar, e a deixar correr o seu curso. Exemplo por demais demonstrativo do profundo conhecimento – e respeito!, inquestionável e evidente, quando atravessamos, nos dias de hoje, estas passagens. De louvar a iniciativa do Núcleo Museológico Torre de Menagem – Município de Melgaço pelos painéis informativos junto às pontes. (única informação que encontrámos)


A Ponte de Dorna


A Ponte Nova ou Da Cava da Velha

Fronteira da Ameijoeira – Dorna


 

Por caminhos carcomidos pelo tempo e pelas gentes, numa paisagem embalada pelo cantar do correr da água, ora à direita e mesmo aos pés, ora à esquerda e bem lá no fundo, percorremos na passada 2ª feira alguns dos trilhos envolventes do Rio Castro Laboreiro. Saindo da fronteira da Ameijoeira ou Ameixoeira, passando em Bago de Baixo e depois pela ponte de Dorna, descendo quase até à Assureira, para  cortar na Ponte Nova ou Ponte da Cava da Velha. Trechos encantadores de um belo rio que acusava já a forte pluviosidade ocorrida durante o fim de semana, e especialmente durante todo o dia de Domingo, por aquelas bandas.