Os últimos momentos…

]Hoje a minha máquina fotográfica “si è serenamente spenta“.Literalmente! Sempre me dei bem com ela embora achasse que tinha uma tendência desmesurada para cair. Tinha múltiplas cicatrizes dos tombos que dava. Lançava-se assim, sem mais nem menos, sempre quando eu menos contava e, catrapus, volta meia volta lá estava ela no chão. Bom, às vezes eu prendia-a, confesso. E nunca me caiu enquanto estava com aquele cordel que trazem para o efeito. Lá isso é verdade!

Hoje foi a queda fatal. Deixou-me 3 fotos negras no final do cartão. Sinal de luto, penso eu. Resistiu firmemente ao nascer do Sol. Levou com ele de frente, ficou nervosa! Hidrofóbica como era, o erro foi meu! pousei-a delicadamente  em cima de um casaco, no muro da represa dos Carris, que embora com pouquíssima água, a deve ter assustado de morte. Mais tarde, puxei pelo casaco – esqueci-me dela…e zás! último suspiro com convulsões. Caiu! Não para a água. Pudera. Era hidrofóbica de todo. Já padecia de algumas maleitas anteriores, por causa da condensação. Até com o nevoeiro se dava mal. Preferiu estelar-se no chão. Pobre HP! ‘Tadita. Quase que ia parar às Negras.



Alvorada em Carris

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Hoje fiz uma das visitas mais compensatórias de sempre aos Carris. A menos das horas impróprias para uma alma se levantar, tudo o resto é por demais compensador! Chegamos às proximidades do Salto do Lobo cerca das 07:00, tempo limite para ver os primeiros raios de sol. Estando uma noite de céu limpo, de temperatura agradável, diga-se até um pouco quente para a hora e época, o dia nasceu de um azul laranja incomparável e indescritível de beleza. Tudo se conjugou na perfeição. Passados largos momentos na contemplação deste nascer do dia, avançamos para os Carris, não podendo deixar de fazer uma pequena exploração na passagem pela mina do Salto do Lobo. Ainda passamos na represa, sendo de destacar o nível da água extremamente baixo   Ao fim da manhã regressaríamos à Portela do Homem.

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Ermida do Xurés – os Sinos

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“A la esencia mágica de esta agua [águas quentes], derivada de su condición medicinal, hay que añadirle un papel relevante en la conservación de la cultura tradicional local, mediante su explotación económica que reportó una importante contribución a la gestión de las leyes comunitarias que rigieron la población de Riocaldo desde tiempos inmemoriales, y, desde diversos frentes: la conservación de la Ermita del Xurés, el arreglo de caminos parroquiales, la construcción de cabañas pastoriles, puentes y dixurros. Aun se recuerda como fue adquirida en Lisboa la campana pequeña del Xurés a principios de siglo con fondos comunitarios de los baños“…texto de D.José Lamela Bautista aqui

Curioso este excerto do texto de D. José Lamela Bautista , onde nos dá conta, entre outras coisas interessantes, do espírito comunitário destas gentes das terras da Baixa – Limia. Aproveitando esta informação sobre o sino, resolvi ir vê-lo mais de perto. Sem de modo algum por em causa as afirmações deste texto, e mesmo antes de ver “in loco” o dito sino, a sua aquisição em Lisboa parecia-me bizarra. Primeiro que tudo , porque muito mais próximo do que Lisboa, fica Braga e a  também porque a tradição da fundição sineira teve mais relevo no Norte. Mas tudo é possível. Que a aquisição tenha sido feita em Lisboa, tudo bem. Nada posso adiantar dado que não possuo elementos, nem os procurei, para poder afirmar tal coisa. Apenas posso constatar que a fundição foi de Leão & Filhos – Rio TInto – no ano de 1908, segundo a inscrição no próprio sino. Sempre pensei que poderia ser da famosa fundição Jerónimo, em Braga, famosa pelos seus relógios de torre e carrilhões. Não. Quanto à fundição não há dúvidas. Talvez outros factores, que não esta minha suposição lógica(?), tenham motivado a aquisição de um sino em Lisboa, tendo este sido fundido em RIo Tinto. Ainda gostava de conhecer a história…fiquei curioso!HPIM1365

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Por curiosidade relato um pequeno episódio passado no final de uma caminhada que terminava ali nas imediações da Ermida de Nosa Señora do Xurés. Estávamos prestes a arrancar no carro para descer até Vilaméa, quando um outro carro de matricula espanhola acabava de chegar ao local. Sai um individuo que se dirige à escada de acesso aos sinos, sobe e poê-se a tocar durante um ou dois minutos. A minha curiosidade levou-me a perguntar-lhe se havia alguma festa, funeral, enfim, perguntei-lhe porque tocara os sinos. Engraçada resposta: “Porque me deu as ganas..eheheeh” e continuou: “aqui cada um toca as campanas quando lhe dê nas ganas. Quando “queirades” tocai-os. É bonito… e a gente “gusta-lhe”., dizia-me ele com simpatia e num galego que sou incapaz de transcrever.

Muito admirado com o que acabava de ouvir, despedi-me, meti-me no carro e fui andando…

Por vezes, quando estou por ali, lá me lembro deste episódio…e vou eu dar uma badalada. Sabe bem!HPIM1113

Suspensão

Por motivos aos quais sou alheio, este sítio esteve desactivado desde as 12:57H até cerca das 15:50H.

A explicação dada pelo alojador, foi uma suspensão automática por abuso no uso do Server!!! mais de 19% de utilização do CPU. Acho muito estranho, mas…foi suspenso!

Pedimos desculpa.