Revisão do Plano de Ordenamento do PNPG – 3ª sessão esclarecimento

Esta entrada é parte 3 de 9 na série Portaria 1245 - Taxas ICNB

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Centro de Animação Termal do Gerês. Um auditório cheio. (mesmo com futebol da selecção na TV!!!)  Uma discussão que deixou sempre transparecer o clima de “mau estar” de lado a lado, e que nada veio acrescentar ao velho, longo e carrancudo problema do PNPG, nomeadamente os seus regulamentos e o convívio nada pacífico com as populações integrantes. ( e não só)

Quanto à famigerada portaria 1245/2009, e à boa moda portuguesa, vai ser…vai ser…vai ser qualquer coisa que não se percebe bem. Explicando um pouco melhor, o que será difícil devido a preciosismos de linguagem utilizada com requintes de malvadez, tais como reformulação, rectificação, correcção ou revogação, penso que a coisa vai acabar pelo são convívio na paz podre – ” Não faças ondas…Eles fecham os olhos”., por exemplo, ” é proibido, mas pode-se”…ou então o célebre, e diga-se que caí como uma luva, “para Inglês ver”.  Poderá facilmente ser adaptado com ligeireza, para “Pan-Parks ver”.

Infelizmente temo não estar muito longe da verdade. Isto é cosmética. O que era preciso era uma cirurgia plástica de reabilitação funcional. Infelizmente continuamos a Parecer e não a Ser, quando autenticidade é o que não falta àquela terra e àquelas gentes. Fiquei triste com o que vi.

Ah! é verdade, já me esquecia…Uma questão que me ponho: Não seria lógico, já que é uma discussão PÚBLICA, que o ICNB e o PNPG disponibilizassem as opiniões, sugestões e criticas, que vão recebendo? Não deveria haver acesso público a essa informação?

 

200,00€ de tretas

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Ainda sobre a portaria 1245/2009

Somos um País (ainda somos um País, atenção!) de brandos costumes e de culto à hipocrisia. Quem sou eu para dizer isto? não sei nem me interessa. Sei que, e isso sei-o bem, que tenho toda a legitimidade (por enquanto! ufa!) para o dizer, enquanto é apenas a minha expressão daquilo que sinto. E é só por isso, pelo que sinto enquanto “utente” daquele(s) espaço privilegiado(s) como é o Nosso Gerês (entre tantos outros), que manifesto assim a minha indignação. Quando digo indignação, de modo algum quero referir surpresa. Já todos sabíamos, que da forma como as coisas caminharam nos últimos tempos – “últimos” entenda-se como “desde sempre”- pouco mais havia a esperar e que as coisas, mais tarde ou mais cedo, acabariam (continuariam, pois acredito que ainda não temos tudo. Isto ainda não acabou, já que é sempre aos “bochechos”, cada vez mais neste país) com resoluções deste tipo. Claro clarinho, está o facto de que, acima de tudo, temos que  pagar. Como sempre. Pagar. Multar. Julgar (?) Condenar. E depois, pior do que levar com tudo isto, é ter que aceitar que isto é em defesa da Natureza.

Devagar, devagarinho…Não me venham com histórias. A defesa da Natureza precisa de tudo menos de políticas economicistas e discriminatórias. Património, Cultura, Saúde, não podem, nem devem, ser negócio chorudo para uns e sustentado pelos contibuintes. Mas, infelizmente, são um negócio. E um negócio da China!!!

Já vivi tempos em que era preciso pagar uma licença para uso de isqueiro. Hoje, não passa de um facto histórico que só nos pode envergonhar. Serviu para proteger monopólios e interesses privados. Recordam-se?

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Para que servirá esta portaria? Fácil de perceber…

Minas dos Carris – panorama

 

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O Rio Castro Laboreiro

Tramo entre Ribeiro de Baixo e Olelas, visto da margem Galega.

Entre o Rio da Peneda, – seu afluente na margem direita –  e a aldeia de Ribeiro de Baixo, o Rio Castro Laboreiro apresentava-se forte e vigoroso, alimentado pelas chuvas fortes e acelerado pelo vale onde corre.


Mistura de águas vista do Quinxo

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(da esq para a drt ) – Na margem esquerda do Rio da Peneda (1º rio da esq para drt)  até ao Rio Castro Laboreiro:

Fraga das Pastorinhas – Pena Calva – Curral Dianteiro


Olelas – Ribeiro de Cima

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Tinha decidido que, chovessem picaretas ou não, iria caminhar no Sábado. O caminho é que teria de ser ajustado ao tempo, pois o tempo estava fácil de prever… A avaliar pela noite sexta-feira 13 – interrogava-me eu na brincadeira – como poderia chover mais no dia seguinte? onde estaria tanta água? É que caiu toda ao mesmo tempo! Nessa noite, pelo Lindoso acima, vi-me e desejei-me para chegar a Lobios, tal a chuva, a trovoada e as fortes rajadas de vento.

A chuva, cedo pela manhã de Sábado, não dava grandes tréguas. Indeciso, rumei a Terrachá seguindo depois para A Illa para subir até Olelas, onde cheguei cerca das 9:30. Antes de me meter ao caminho, aproveitei a passagem de um residente para pedir algumas informações. De uma simpatia extrema, ofereceu-se, já que tinha que ir para esses lados, para me acompanhar até ao fim da aldeia e indicar-me o caminho. De forma inteligente e ponderada, foi-me aconselhando muita prudência com o trilho que me propunha fazer.

“…olhe que se esta névoa pousar, está perdido! Até gente da terra se perde. Só tem uma solução. Cara ao rio, siga-o, e irá apanhar um estradão. Não tente subir. Cuidado com essas corgas. Levam muita água, e não tente passar se vir a coisa difícil…Não vá p’ra aí sozinho, home!” dizia-me, de forma simpática e em tom muito amigável, como se de conhecidos se tratasse.

Palavras sábias, as desta gente, fruto da experiência acumulada e da vivência do monte. A sua preocupação para comigo era grande e sincera. Conversámos um pouco enquanto caminhávamos. Foi preciso e claro nas indicações que dava. Até “tempos ” me estabeleceu, ajudando de forma preciosa, caso o tempo se pusesse mais duro.  No final deu-me um voto de confiança. Separámo-nos ao fim de 10 minutos de caminho,  e na despedida eu prometi-lhe assinalar o meu regresso passando em sua casa quando voltasse, tais eram as suas preocupações.

Depois das últimas casas da aldeia, um caminho empedrado – que o senhor designava “caminho de carro” – marcado de quando em quando com os sulcos das rodas dos carros de bois, descreve, a meia encosta, quase sempre à mesma cota, um trilho até ficarmos de cara voltada ao Rio Peneda e a Mistura de Águas. A confluência dos dois vales estreitos, a menos do tempo que se fazia sentir, observado desde ali, é um panorama extraordinário. De aí em diante, um carreiro de pé posto contornando o Rio Castro Laboreiro, com vistas maravilhosas sobre a margem portuguêsa e com o Outeiro do Quintano e as Gralhas do Quinxo, sobre nós, aproximamo-nos do rio.  E o Sol encorajou-se durante uma horita. Campos (cultivados!) anunciavam a chegada a Ribeiro de Baixo. O trilho leva-nos até à ponte, para todos os efeitos uma passagem fronteiriça! O regresso foi feito pelo mesmo trilho debaixo de chuva intensa e vento forte pela frente. A repetir… Com menos chuva!