Sombras do Sino

Uma caminhada para todos os gostos e feitios. Manhã linda, de um céu azul indescritível. Raramente começo tão tarde…mas já tinha uma surpresa. Ainda pensei que era do meu sono àquela hora… mas não!  Eram 7.20 e um SMS dizia-me que um companheiro já tinha iniciado o trilho em direcção às Sombras,  – e eu que pensava que o louco era eu!- mas  devia esperar o grupo que chegaria mais tarde…digamos, bastante mais tarde, 🙂

Já passava das 9.00h quando todos nos reunimos na Ermida de Nosa Señora do Xurés. O dia prometia ser quente. O grupo  era constituído por pessoas muito diferentes mas com interesses comuns que se viriam a cruzar durante a jornada de forma muito agradável.
Iniciado o percurso clássico do vale do Rio Vilaméa, cada um a seu ritmo, fomos chegando às minas.

Pelo caminho , ainda tivemos tempo para observar aves de rapina que desfrutavam das correntes de ar quente que contornavam o vale. Fiquei contente com a satisfação do Boris ao sentir-se gratificado por todo o trabalho e sacrifício de carregar o seu tripé e todo o equipamento.

Tempo para um repouso seguido de visita exploratória do local. Dado o adiantado da hora decidiu-se almoçar ali.

Caminhamos até ao marco da fronteira e separámos-nos do grupo que continuaria com o Rui.

Oportunidade para despedidas (in)formais, fotos clássicas e de ver o grupo afastar-se fundindo-se com a serra. Segui com a Guida até à Laje do Sino.

Compromissos de tempo obrigavam-nos a voltar cedo…ficou uma grande vontade de continuar. A vista “aérea” do complexo mineiro permite uma avaliação diferente da dimensão da exploração assim como uma interpretação do terreno e sua “lógica” de desenvolvimento.

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Encontro com “O Rato”

Com os seus 83 anos e a boa disposição que sempre teve, D. José, mais conhecido pelo “Rato”, é uma das poucas memórias vivas dos tempos da exploração mineira do Volfrâmio. Amigo e companheiro inseparável de D. António Tejada, último proprietário (?) das minas, frequentemente o acompanhava nas suas deslocações às  Sombras tornando-se num dos seus homens de confiança. Aqui fica um breve apontamento.

Memórias vivas

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Foi com imenso prazer que ontem, dia 24 Domingo, passei a tarde conversando com uma das poucas memórias vivas da actividade mineira das Sombras.

São poucos os que sabem o seu nome – José! …mas todos conhecem o “Rato”. Era o homem de confiança de D. António Tejada, último proprietário das Minas das Sombras.

Brevemente penso partilhar aqui alguns dos registos video deste tão agradável e raro encontro.

Água quanta baste

Sábado, 16 Maio, 07:45. O silêncio dentro do carro durante a curta viagem para nos encontrarmos na Portela de Leonte dizia tudo…Caminhar nestas condições? deve haver um de nós que tenha um pouco de juízo e diga com determinação: “Assim não vale a pena. Fica para a próxima”. Por outro lado, estar ali e voltar para trás, não nos caía nada bem.  Raio! Que fazer?

A decisão apareceu com naturalidade! Andando e vendo! Já todos sabíamos o que nos esperava em termos meteorológicos! Água quanta baste! Água vinda do céu. Abundante, fresca e empurrada pelo vento. Água que corria pelos ribeiros, pelas rochas , pelos trilhos…

…e está quase tudo dito. Pelo meio ficaram grandes momentos de convívio e companheirismo. Um almoço soberbo no Conho e um regresso divertido. Sempre debaixo de chuva voltamos à Portela de Leonte.

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Moinhos de Rio Mao – Lobios

Rio Mao. Domingo. Mais um passeio do que propriamente uma caminhada. Um percurso de cerca de 4 Km feito em pouco mais de uma hora, tempo total incluindo as paragens de visita aos  moinhos existentes ao longo do trilho. Uma manhã domingueira de céu encoberto ameaçando chuva.

Caminhar junto aos rios e linhas d’água junta sempre qualquer coisa de mais bucólico às já de si belíssimas paisagens e recantos dessas serras. Um trilho fácil e acessível, como um passeio digestivo. O “extra” do passeio são os moinhos. Restaurados e recuperados, alguns deles com critérios menos aceitáveis e muito discutíveis, são o testemunho possível daquilo que foram outrora. É louvável, mesmo assim, o trabalho e esforços desenvolvidos pelo PNBL-SX na conservação da grande parte destes testemunhos “in Loco”. É repugnante a forma como alguns são alvo de vandalismo.

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