Nevoeiro não é neve

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Pois não. Neve…foi ontem! Hoje tivemos uma variante muito menos grata. Diria até, ingrata. O Nevoeiro.

Tenho saudades da neve. De a pisar e de a ouvir debaixo das botas.

Mesmo convencido que hoje não lhe poria os olhos em cima, e muito menos as botas, rumei ao Xurez. ( Acreditem que a menos das “Taxas”, é muito parecido ao Gerês. Recordei a data e a comemoração de hoje…e continuo com dúvidas, cada vez mais, se não terá sido o princípio da asneira… fim do desabafo! antes que isto descambe)

Da Ermida até à Ponte de Porta Paredes, só para fazer o gosto às botas. Até que não foi mau de todo. O nevoeiro corria enrolando e serpenteando as encostas deixando, de vez em quando, avistar um ou outro cume mais atrevido. Uma meia dúzia de fotos e mais uma meia dúzia de pingos, é o que se pode reportar deste passeio higiénico nesta manhã de 1 de Dezembro.

Minas das Sombras

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Sábado, 28 Novembro. Mais um fim de semana chuvoso. Uma manhã que que fazia jus às previsões meteorológicas. Muita chuva e vento forte, um grande arrefecimento no Domingo e possibilidade de neve nas terras altas, foi a previsão da Tv Galicia que ouvi na sexta feira à noite. De facto a manhã de Sábado apresentava-se  muito pouco motivadora para caminhadas. Embora o frio não fosse muito, o vento era forte e com rajadas. Recordo que cerca da 12:45, quando me encontrava a meio do último tramo do trilho das Sombras, sopraram duas rajadas  verdadeiramente impressionantes. A zona descoberta e sem árvores  onde me encontrava foram o meu único “sossego” . A força do vento foi tal que  inicialmente me desequilibrou obrigando-me a dar um passo atrás.

Saí de casa pouco convencido de que iria caminhar com aquele tempo. Afinal já havia 2 fins de semana que a chuva foi presença quase constante! Não me apetecia muito repetir. Não me apetecia mesmo nada!

Meti-me no carro e, pelo sim pelo não, deixa-me lá ir até à Ermida ver como isto está. A estrada merecia toda a atenção pois havia muitos ramos partidos e os efeitos das enxurradas eram bem patentes. Chegado à Ermida de N.º Señora do Xurez, o “convencimento” não era muito e o panorama desolador nada acrescentava à minha pouca disposição. Ainda por cima, pensava eu, não está tanto frio quanto isso, e a prometida neve não cairá certamente com estas condições. Saí do carro, passeei-me pelo adro, abriguei-me debaixo do alpendre na parede fundeira da Capela, e procurava maneira de resolver o meu dilema: Chuva? já estou farto. Caminhar? porque não… se estou aqui e não vejo nada mais agradável para fazer.

O tempo carregava. Decidi que não. Não iria caminhar com aquela chuva. Voltei ao carro e comecei a descer. Antes de terminar a descida, já quase ao chegar a Vilameá, o anjinho mau segredou-me ao ouvido: “-Vai lá caminhar, porque depois ninguém te atura, e vais-te arrepender”. O anjinho bom, esse já se tinha calado há muito perante as evidências meteorológicas.

Meia -volta. Voltei a subir decidido a ir até às Sombras.

Quase 4 horas à chuva. Um vento deveras forte a dar outra componente a esta caminhada que já fiz tantas vezes

A ponte do Rio Homem

Quase ao che­gar à fron­teira da Por­tela do Homem pela estrada  N308, pas­sa­mos na ponte sobre o Rio Homem, que será cer­ta­mente um dos locais mais foto­gra­fa­dos do Gerês, nome­a­da­mente o tramo do rio que fica a mon­tante. São inú­me­ros os car­ros que param ape­nas para fazer a foto da praxe, já que o sitio é ape­la­tivo a tal pela sua beleza e pelo facto de a “pers­pec­tiva” ser boa e de fácil enqua­dra­mento, fazendo com que normalmente resul­tem em “pos­tais ilus­tra­dos”. No meu caso pes­soal, em abono da ver­dade  se diga, não é dos meus cená­rios pre­fe­ri­dos. Embora ali passe mui­tas vezes, pou­cas são aque­las em que me dete­nho a foto­gra­far o local. No entanto, pro­cu­rei um pouco e encon­trei duas fotos, que junto a uma ter­ceira, feita no pas­sado Sábado. As datas das duas pri­mei­ras são, res­pec­ti­va­mente, Feve­reiro e Agosto 09. Como muda um rio…

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