Ainda a serpente…

Hoje tive oportunidade de subir o penedo da Ermida de Nosa Señora do Xurés para observar mais de perto a argola metálica cuja existência já tinha  tinha comentado anteriormente aqui.

Efectivamente não se trata de uma argola, mas sim de duas. Encontram-se alinhadas e separadas cerca de 35 centímetros. Não muito distante, encontra-se um parafuso com anilha, bastante oxidado mas com aspecto relativamente  recente. Atrevia-me a dizer que, considerando as condições de exposição à intempérie, não terá mais de 2 a 3 anos. Pela forma de inserção na rocha, embora ignorante na matéria, estas argolas não me parecem  relacionadas com actividades de escalada como inicialmente cheguei a suspeitar. Tudo o que possa dizer sobre as minhas actuais suspeições  não passaria de mera especulação. Fica a foto. ( o parafuso de ferro não é visível)

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Aproveitei para fazer uma observação mais detalhada e minuciosa da parte superior da rocha em busca de outros possíveis registos. Nada detectei. Pude apenas observar o resultado característico de uma erosão agressiva, bem marcada na textura apresentada em toda a superfície.

Incêndio na Portela do Homem

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Foi com um sentimento misto de tristeza e alegria que constatei “in loco” a acção do tão mediatizado incêndio no Gerês que lavrava no fim de semana passado na Portela do Homem, ameaçando a Mata de Albergaria. A minha tristeza não necessita explicações. Penso que é mais do que normal. Explico a minha “alegria”.

Pouco ou nada sei, para lá daquilo que é do domínio comum, relativamente a incêndios ou incêndios florestais, mais concretamente. Não me atrevo a explicar o que se terá passado com aquele fogo. A minha estupefacção prende-se com o facto de, vendo no terreno até onde chegaram as chamas, entender como os danos não foram maiores.

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Tentando perceber com mais precisão o que se terá passado na evolução e propagação, fiz algumas perguntas a amigos residentes em Lobios. Fiquei a saber que, desta vez, o vento foi o grande aliado dos bombeiros, contrariamente ao que costuma suceder.

Uma mudança de direcção do vento evitou que o fogo continuasse a sua progressão, quer no sentido Norte (fronteira) ou Poente (Mata de Albergaria). Terá sido?