Imagem captada ontem 22 Agosto, desde o concello de Lobios, PNBL-SX, cerca das 14:30 horas
Imagens realizadas junto ao viaduto do Rio Cabril , EN 104-1, cerca das 16:30 do dia 22 Agosto:
“A Mata do Cabril inicia-se na confluência do Regato da Sardeira, seguindo depois pela linha de festo na margem Lindoso-Louriça, contornando a zona do posto retransmissor do Muro em direcção ao limite concelhio, inflectindo depois para Este descendo o Ribeiro do Altar até ao Rio Homem. Segue pela margem direita para montante até à ponte romana de S. Miguel e desta até à fronteira contornando-a até ao Rio dos Madornos, afluente do Rio Cabril, ligando por este ao ponto inicial
A Mata do Cabril possuí um carvalhal dominado por Carvalho-alvarinho que possui uma notável afinidade florística com a associação Myrtilleto-Quercetum broteroanea, agrupamento que caracteriza a vegetação climática da Serra do Gerês. A mata é também rica noutras espécies de flora e fauna.”
Na imagem (fragmentos das cartas 1/25000 nº17 e 30) vemos o coração da Mata do Cabril.
No Domingo, dia 15, era esta a situação cerca des 16:00 horas.
Foto (orientação norte/sul) realizada desde Olelas – Entrimo – Concello de Ourense.As antenas do lado direito são a Louriça.
Como é possível? Segundo a informação na página da ANPC, o incêndio teve início no dia 13/8 pelas 08:46. Não haverá competências e meios nacionais (porra, somos da Europa ou não?) para resolver o problema que já leva uma semana? Tragam mais gente do Governo, da Protecção Civil, do ICNB e da Comunicação Social. Muitos. E entreguem uma moto-roçadora a cada um…claro, depois de um curso de formação profissional apoiado pelos Torres Coutos deste País, não vão os senhores cortarem-se! (até ficam com equivalência ao 12º ano).
Eu bem queria estar calado!
Planeta Terra, 21 Junho 2010. Solstício de Verão
Que posso eu dizer? Tudo o que tentar dizer soa-me a falso, pela limitação das palavras.
O Sol. A Luz. A Natureza pulsando a cada segundo…e seguindo o seu curso.
Hoje, eu e Rui, tentámos seguir o nosso. Quase nos fugia esse momento mágico.
Um saltinho ali acima, e vimos já! Afinal, o Sol, nasce todos os dias. Prefeito todos os dias. Mas, precisamente hoje, por se tratar de um dia especial para o Sol, decidimos fazer-lhe uma recepção! Obrigado Rui
Para surpresa minha, sexta-feira, chegado a Lobios, ao entrar no Cubano, chamam-me à atenção para este cartaz afixado na montra.
Sem conseguir obter mais informação relevante, ANIMEI-ME (gosto do termo) e decidi participar em tal iniciativa.
Ontem Sábado, cerca das 11:00 os participantes concentravam-se na Portela do Homem (lado Galego) e, de forma muito informal, usando da palavra o Alcaide de Lobios, Xosé Lamela Bautista, explicou sumariamente os motivos desta caminhada, fazendo o enquadramento histórico do tramo da via romana XVIII, segundo o itinerário de Antonino, e apelando a sua legitima utilização enquanto Caminho de Santiago, factor óbvio e evidente no desenvolvimento (entenda-se aproveitamento) da região da Baixa-Limia.
Seguidamente procedeu-se à leitura do texto produzido no encontro realizado no passado dia 25 de Março entre diferentes alcaides e representantes de associações.
De imediato, após os compromissos com os órgãos de imprensa que cobriam o evento, deu-se início à caminhada. Descendendo um estreito carreiro, retoma-se o trilho da Geira, via XVIII, continuidade do mesmo trilho existente do lado português. O término da marcha foi em Rio Caldo, na praia fluvial bem junto às águas quentes.
Independentemente dos resultados que daqui advenham relativamente ao Camiño de San Rosendo e à sua inclusão nas rotas “Jacobeas”, esperemos que, pelo menos, aquilo que são verdadeiros atentados ao património natural, como é o caso daquilo que resta do não muito recente carro (vandalizado e lançado desde a estrada), jazente em pleno trilho, assim como lixeiras em diferentes zonas do PNBL-SX, tenham soluções rápidas e adequadas.
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Ali, bem por cima de Vilameá, – Lobios, ou Rio Caldo (?), depois de ziguezaguear uma pitoresca estrada monte acima ou subir um misto de trilho e Calvário, no sentido literal, com diferentes Estações, chegamos a um dos (muitos) sítios mais emblemáticos do Parque Natural da Baixa-Limia-Serra do Xures. – A Ermida de Nosa Señora do Xurés.
Pela sua localização, a sua situação e orientação, entre outras tantas coisas interessantes que as suas paredes revelam, podemos facilmente intuir que o local terá sido um local de referência ao longo dos tempos.
Um promontório virado a S.ta Eufémia, mesmo em frente! Uma Vigia/Defesa muito próxima e conveniente sobre Os Baños, ali em baixo – (estão ali as águas quentes e os balneários Romanos), na Geira! Uma visão até ao Lindoso! Enfim, certamente um local de muitos Mitos e muitos Cultos, das mais simples celebrações às mais elaboradas doutrinas, laicas e de pura sobrevivência, até às mais actuais missas assistidas por devotos fiéis, sabe-se lá de que Deuses. Que terá sido um daqueles “sítios” – no sentido de cerco – onde sempre ocorrem cultos, onde sempre houve os de dentro e os de fora, os de “Bem” e os de “Mal” se defrontaram enquanto forças míticas, não me parece senão mais do que óbvio. “Mudam-se os Tempos e Mudam-se as Vontades”…mas será sempre um “local”, que é um “sítio”! Que evoluiu ao longo dos tempos e das vontades, e continuará a evoluir, é inquestionável. ” O Mundo Pula e Avança”.
Também a actual edificação da Ermida de N.ª Sª do Xurés pulou e avançou relativamente àquilo que terá sido o local inicial de culto. Embora a minha curiosidade seja inversamente proporcional à vontade de partir para uma pesquisa mais séria, e sem querem especular sem qual quer fundamento documental, que neste momento não tenho vontade de pesquisar, não deixo de reflectir sobre o local. É um vício cuja dependência por vezes não controlo. (daí ser um vício, e vício e prazer, vá lá o Diabo separá-los…). É, de facto, um prazer enorme, cada vez que chego ali. E são muitas vezes. Quer vá caminhar, ou simplesmente ver como está o Tempo, muitas vezes tenho estado naquele local. Sozinho ou acompanhado. De manhã cedo. Muito Cedo. Ao fim do dia. De noite. De Verão. De Inverno. Também na Primavera e no Verão. Com Sol e com chuva. Com vento desenfreado e a maior das calmas. Com neve! muita neve, coisa rara nos últimos tempos.
Desde a primeira vez que vi a serpente representada no grande penedo (vandalizado com um graffito que infelizmente subsiste e me agride a cada vez que ali passo. Está assinado de 2004! Já lá leva uns aninhos! mas o que é isso comparado com a Eternidade, dirá o autor… ) despertou em mim uma curiosidade imensa de querer saber algo sobre o local. Por um lado o “anjinho bom”. por outro lado, o “anjinho mau” a recordar-me os labores de uma pesquisa. Mas que o “sítio” é um fulcro de uma possível interpretação que mereceria um estudo que desconheço, (embora, de forma ligeira, reconheço, tenha procurado, essencialmente “googlando”), lá isso é! Potencial não lhe falta. Ainda hoje, tem dois cultos anuais (15 Agosto e 8 Setembro), pelo menos.
Mas a cera escorre das velas cumprindo promessas quase quotidianamente. A chama de um fogo/culto subsiste. Muito , mesmo muito antes dos velhos carvalhos imponentes pensarem em crescer, já aquelas pedras tinham muita(s) história(s)
Gostava um dia, vir a conhecer um pouco a história deste local.
Percorrendo um disco duro cada vez mais desorganizado e lento – ou lento e desorganizado – encontrei algumas fotos dos últimos dois anos, para ajudar ao “discurso”, que vai longo!