A agonia final

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Um pouco por toda a parte são visíveis os artefactos e demais maquinaria então usados na extracção do minério. Uns bastante destruídos e/ou desmembrados, outros em razoável estado de conservação. A maquinaria da “lavagem” constitui a maquinaria pesada. Entre entulho e aluvião, a “mesa de bater” apresenta-se ainda de tal forma que permite uma compreensão relativamente fácil do processo de tratamento e extracção do volfrâmio.  São objectos de grande valor. Primeiro porque são autênticos e genuínos.  Segundo porque são “documentos” únicos em vias de extinção.

A degradação geral das instalações é francamente menor que nos Carris. Talvez por estar menos exposta à severidade do clima e o número de visitantes ser também inferior, pelo facto de terem tido guarda até há alguns anos atrás, a destruição e o vandalismo tenham nas Sombras um peso menor comparados com o complexo vizinho. De qualquer modo, se nada for feito nos tempos próximos nada restará, e aquilo que restar, será muito mais pobre. Agrada-me saber que há propostas para a criação de um Centro de Interpretação das Minas das Sombras. Não deixa de ser uma proposta. (ver página 3 – ponto 3) … independentemente de ser uma promessa de políticos. Levantem-se as vozes. Não caiam as Minas!

As marcas das marcas

hpim6489São visíveis ao longo das galerias algumas marcas e sinais feitos com tinta amarela.  Possivelmente são referentes aos trabalhos de escavação. As deficientes condições de iluminação não permitiram melhor registo.

Encontro de carris…

Aceitando o convite e aproveitando a oportunidade para conhecer melhor a história das Minas das Sombras e dos Carris, mais uma vez percorri o trilho das Sombras com início na Ermida de N.ª Sr. do Xures. Mais uma oportunidade de caminhar em grupo, o que é raro, mas que não deixou de ser motivo de satisfação. Foi diferente!  Um trilho que já percorri um considerável número de vezes e que cada vez que o faço se revela diferente. Diferente nas cores e na luz, nas revelações que nos vai fazendo e na forma como o sentimos. Faço-o de uma forma muito assídua e não vislumbro o dia em que me farte.

De dimensões muito diferentes, as explorações das Sombras e dos Carris, entre outras, são o testemunho de um passado verdadeiramente comum. Um passado de riqueza e miséria, de glória e desgraça, de explendor e sofrimento que conviveram lado a lado, porta com porta. Resta pouco tempo para que esse passado se vá apagando. O tempo é impiedoso.fot017

A luz das Sombras

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O desenvolvimento de actividade mineira nos anos 40 e a sua consequente mecanização, estavam dependentes do fornecimento de energia eléctrica. O Posto de Transformação, ainda com os transformadores no seu interior, é o “recepcionista” de serviço para quem chega às minas vido do lado de Vilameá.

E que vento sopra dessas bandas?

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“Seja como for, o presidente da autarquia de Terras de Bouro continua a defender a possibilidade de serem instalados parques eólicos no PNPG.
O responsável considera, desta forma, que não “há qualquer justificação para que o Parque Nacional não seja fonte de energia eólica”.

Mais. António Afonso adianta mesmo que devem ser instalados estes parques, sobretudo nos concelhos de Terras de Bouro e Ponte da Barca – áreas geográficas onde entende que há melhores condições.
O objectivo é tornar o PNPG a “princesa” da energia eólica do país.”- Marta Caldeira

in “Correio do Minho” 04-03-2009

Todos entendem de tudo!