Vale do Alto Homem

hpim8037

O vale do Alto Homem, independentemente do local de onde o observámos e da época do ano, surpreende-nos  (sempre) com paisagens magníficas. Tem vistas para todos os gostos.

Infelizmente, nesta perspectiva é perfeitamente visível parte da área ardida no passado mês de Março.

(encosta Norte de Prados Coveiros/Caveiros(?))

hpim8053

hpim8057

A insustentável leviandade do PNPG…

hpim8117

Quiseram os calendários, civil e religioso, brindar os Portugueses com quase uma semana de férias. Como povo trabalhador que somos, excursionistas, turistas, ciclistas e “botistas”, entre outros, aproveitaram fervorosamente esses dias.
Enfim, as estradas, os parques, inclusive os de campismo, os destinos de lazer genericamente, encheram-se. E o Gerês não foi excepção!
Apesar do tempo pouco convidativo que se fez sentir durante todo o dia de 4ª feira e parte do dia de 5ª, veio a 6ª feira de sol, e ei-los que surgem.
Também eu e minha mulher ajudámos a engrossar esse lote.
Quando cheguei à Portela do Homem eram 8:30. Dois carros estacionados. Pouco movimento de carros passantes. Tudo normal.

Partimos de imediato para mais uma caminhada na zona, regressando passadas cerca de 5 horas. No regresso, ainda no trilho, descendo para a estrada, já se ouvia o barulho de carros e pessoas.
Quando chegámos, qual romaria minhota, o espaço estava congestionado, a estrada entupida, a confusão instalada e o caos montado.

Claro que, como quem gosta de sossego e natureza, não pude ficar indiferente ao triste espectáculo.

O “parque” de estacionamento era caótico. Carros ligeiros e caravanas espalhavam-se conforme podiam e enquanto houve espaço, sem qualquer controlo. Marcações no pavimento? Nada! Talvez porque ainda não encontraram a tal tinta ecológica, do tipo da tinta de pintar mariolas, para fazer meia dúzia de risquitos no chão e por um pouco de ordem no estacionamento.

No meio de todo este caos, vejo passar um jeep do Parque, que, por acaso, é patrocinado – apoiado pela REN. (essa “empresa ecológica” que entre as acções de defesa de natureza, também tem a seu cargo a produção e venda de energia. Sabiam? Os que nos querem fazer querer que as barragens são Turismo, Cultura, Agricultura, Património e mais não sei o quê…). Fiquei logo todo contente, pois seria suposto virem até ali pôr um pouco de ordem, sensibilizar as pessoas, enfim, acautelar um pouco a zona e o espaço envolvente! O jeep andou, com dificuldade, por entre as viaturas já estacionadas e as que circulavam, até inverter a marcha e estacionar na berma junto à “barraca” onde, mais tarde, seria eu parte integrante de outra barracada.

Perante este triste espectáculo, resolvi registar em fotos o que se passava.
Aproximei-me da zona de portagem e toca a fotografar.
Não passaram 5 minutos, e logo um dos vigilantes vem ter comigo. Começou por se identificar e, na qualidade de vigilante do Parque, passou a fazer-me perguntas.
“ O Sr. está a tirar fotografias? Para que são? O Sr. é repórter? Tem autorização?…”
Embora o fizesse com toda a educação, parecia-me abusivo.
No desenrolar destas questões, pede-me que me identifique.
Pedi-lhe que me acompanhasse ao carro, onde tinha os meus documentos. Enquanto me dirigia ao carro tentei entender o que se passava, chegando mesmo a perguntar-lhe porque o fazia. Respondeu-me que as fotografias tinham que ser autorizadas pelo PNPG. Argumentei, dizendo-lhe e mostrando-lhe outras pessoas que na mesma zona utilizavam as suas máquinas fotográficas.  Que não me parecia violação de qualquer regra ou disposição vigente.
Chegados ao carro, ao ver a mochila de onde retirei a minha documentação, mais um rosário de perguntas e advertências.
“Vai pernoitar no parque? Olhe que é proibido!…” Assim, e tentando com grande esforço, ver com boas intenções a atitude deste vigilante, fui-me reservando nas respostas e manifestando o meu desagrado por tal invasão da minha privacidade. Eram perguntas a mais e, além disso, descabidas. Claro que não era com o vigilante que eu estava indignado, mas era com ele que eu tinha que aclarar esta insólita abordagem.
Sempre em tom educado, repito, tentando explicar-me o que não tem explicação, o vigilante demonstrava ter pouco à vontade com a situação e manifestava algum desagrado e mau estar pela postura que assumia. Acabei por exibir o B.I. que, diga-se em abono da verdade, foi lido em diagonal, nada tendo sido registado.
Responsabilidades? Quem é efectivamente responsável por estas situações e este clima?
O que motiva e justifica a atitude dos vigilantes?
Já sei. Já sei! Os utentes!

A direcção está mais preocupada com a certificação Pan-Parques. Pelo menos, há poucos meses, parecia que sim!
Quando não conseguem gerir o actual movimento, ainda pensam em incrementá-lo em visitantes. Senão, vejam neste extracto do texto do ICN na web:

“Com a certificação PAN Parks é de esperar um incremento substancial do afluxo de turistas estrangeiros (nomeadamente do norte da Europa), pois irá permitir integrar o PNPG no roteiro dos grandes operadores turísticos especializados no turismo de natureza. Resulta, ainda, outro aspecto verdadeiramente importante que é a possibilidade de consolidar a estratégia deste Parque Nacional de se manter uma zona de Ambiente Natural sem qualquer intervenção humana, a qual poderá ser um verdadeiro banco de ensaio para se testar a sucessão ecológica, implementando o conceito de wilderness em Portugal. Acresce que a certificação PAN Parks é também uma certificação da gestão da área protegida.”

Alguma coisa vai mal.

Esta é a prova de que o PNPG parece não actuar de boa fé. Senti-me perseguido. Atentaram contra os meus mais elementares direitos. Em nome de quê? da Conservação? da Natureza? Não consigo compreender.

ICN – Instituto de Comercialização da Natureza? Será isso? Parece que sim.

O que faziam as meninas, envergando os coletes do ICN? Comércio! a qualquer preço!

Porque se sentiram mal com a presença de uma câmera fotográfica?

Rabo-de-palha?

Porque me abordaram?

Intimidação?

Desafio o PNPG a explicar o que fez (faz) com este tipo de actuações.

Desafio o PNPG a  explicar porque não cuida destes problemas, procurando soluções sustentáveis e compativeis, procurando , bem pelo contrário,  afastar e reprimir aqueles que por ali andam.

Não é com a aplicação de taxas ou coimas que se defende o Ambiente. É com sensibilização e vigilância!

Deixo-vos as fotos!

hpim8115

hpim8116

hpim8118

As cores da Serra

17dez08

06jun09

Estas duas fotos (vale de Vilameá, margem direita), por mera coincidência, têm quase o mesmo enquadramento. A primeira tem data de 17 de Dezembro de 2008. A segunda, de 6 de Junho de 2009.

São constantes as mudanças na paisagem…

foto

O Post do Poste

Sempre me encantou este poste!

De todas as vezes que ali passo, não deixo de reparar nele. Não sei porquê, parece-me especial. Trata-se de um dos postes que serviu a linha de transporte de electricidade entre Vilameá e o posto transformador da Mina das Sombras. Este é um dos mais completos,  entre os que sobreviveram ao tempo e ao último incêndio naquela zona. Desci até ao rio e fui vê-lo de perto.

hpim7933

hpim7905

hpim7906

hpim7908

hpim7915

hpim7925

hpim7926

Vale de Vilameá

hpim7879

Após o adiamento, devido ao mau tempo, da actividade que inicialmente estava proposta, resolvi ir até à Ermida de N.ª Sr.ª do Xurés. Não é que o tempo convidasse, mas ficar ali sem fazer nada, também não me apetecia nada. Parei o carro e pus-me a falar com os meus botões. Acabo por dar comigo de botas calçadas e mochila às costas, com a intenção de ir só até à Ponte de Paredes, ver o caudal do rio e voltar para trás. Comecei a caminhar querendo-me convencer de que aquela chuva pesada iria diminuir e, com um pouquinho de sorte, iria mesmo passar! Como eu estava enganado.

Quase sem vento, uma chuva grossa, ora muita, ora muitissíma, acompanhou-me todo o tempo. As nuvens baixas avançavam e subiam no vale, escondendo o sol e dando um ar misterioso à paisagem. A chuva teimava em não parar. Abriguei-me, i.e, tentei abrigar-me debaixo da ponte. As pingas eram tantas e tão grossas que rápidamente percebi que a minha escolha não foi feliz. Chuva por chuva, mais vale directamente do céu que escorrida da ponte. Retomei o caminho em direcção às SOmbras. Já agora, pensava eu, vou só ver as cascatas até chegar ao estradão, e volto para trás.

Numa idecisão de, vai p’ra frente, vai p’ra trás, olhando insistentemente o céu, na espectativa de ver alguma melhoria do tempo, lá fui andando. Acabei por me convencer que as melhorias de tempo ficavam pedidas…e acabei por voltar para tras. Foram 4 horas à chuva. Para amolecer!

hpim7881

hpim7885

hpim7886

hpim7891

hpim7892

hpim7894

hpim7898

hpim7899

hpim7910

Quando as botas uivam…

Pois foi mesmo assim.

As botas, esta manha, uivavam. Quais caes de caÇa desejosos de sair do canil e correr esse montes, seguir esses rastos.

Deixei-me de coisas, e fui dar uma volta com elas! Folgaditas que estavam, nem quiseram saber da chuva. Qual quê…Depois de ouvirem o sms do Rui cancelando, e bem, a actividade nem me quiseram ouvir. Saltitavam de contentes!!!Quem as segura?

 

Nao me restou alternativa. Já que estava tudo de acordo, e acordado, (botas e eu), resolvi ver como estava o vale de Vilamea….

Ao meio dia , ou carrega…ou alivia!

Carregou, i.e. nao chegou a aliviar!

Algumas fotos …nada de especial…e uma descida atë ao rio perto da corga da  Carballeira

Continua…Quando puder descarregar as fotos e utilizar um teclado que nao seja galego.

Ainda bem que se adiou…fica mais vontade para a proxima…(sem assentos E PONTUACAO DUVIDOSA)