Passeio no Gerês…de resto, é isso.

Decidimos ir até ao Gerês. Portela do Homem.

Era muito cedo, e ainda não estava ninguém na praia. Sim. Mesmo sem banheiro nem nadador-salvador, só a avaliar pela quantidade de demónios que ali se junta, já merece o nome. A barraca dos gelados estava fechada. Lá seguimos estrada abaixo até que  alguém disse que tinha um mapa próprio para caminhadas e que não era preciso PDA.

Penso que o mapa lhe foi oferecido pelo avô, que foi sargento e era apaixonado por botânica e borboletas. Até foi por isso que deixou a tropa. O mapa não era cor-de-rosa mas tinha nomes esquisitos.

Quando vi que aqueles malucos endiabrados iam por um caminho de pedras soltas, cheio de cocó  e Kleenex, entre outro muito e diversificado lixo, percebi tudo. No que eu me fui meter, pensei eu. No Gerês selvagem, ou no Gerês dos selvagens? – A coisa é a mesma…

Chegados, segundo o tal mapa, à Ponte das Asphodelus, cortamos por um carreiro que nem subia nem descia, era como lama. Depois continuámos por outro que subia até uma zona em que começava a descer, para logo, logo, continuar a subir. Procurámos alternativas mas sem sucesso. Na brevidade de quatro horas, chegávamos, final e colectivamente, à brilhante descoberta que não descobríamos mais caminhos “sempre à cota”. Fosse lá que cota fosse, já só se falava em almoço. Claro que isto de andar sempre a subir e a descer no meio de pedras e picos, foi uma chatice. Não sei como há gente que gosta disso! Andar neste sobe e desce até entrar na messe para almoçar, levou algumas mentes a abeirarem-se da alucinação, mesmo sem recurso às amanitas!

Depois do almoço subimos mais um bocadinho e depois descemos. E descemos, e descemos até que ficámos um bocadinho cansados de tanto descer, e fomos para os carros. Assim acabou mais  um passeio entre amigos e familiares dos amigos, que, quase todos os anos bissextos, fazemos para contemplar ao longe o wilderness deste resort cantinho, onde o Homem passa com força. No Inverno, pelo menos. Não vi as Lagoas Marinhas nem do Tahiti(vídeo de inspiração para o título desta entrada). Agora deixo  mais um video aqui, porque a minha máquina não faz filmes, ou se calhar até faz, eu é que não descobri como é. Olá Portugal! Não há gente como esta! Continuação de bom fim de semana.