Há caminhadas, e caminhadas…De Vilarinho da Furna até à Louriça
Hoje foi uma daquelas caminhadas que ficam gravadas a ferro e fogo. Há muito muito tempo que não visitava Vilarinho da Furna…e nunca tinha abordado a Louriça por este lado. A caminhada em si, nada tem de especial! Ascendente, distância, terreno, e continuando tecnicamente, por aí fora com todos os parâmetros, nada de transcendente comparado com as “passeatas” que vamos fazendo por esses montes. O toque especial desta caminhada foi o conteúdo. Não sei porquê! Primeiro porque começou em Vilarinho, a aldeia sacrificada ao progresso, remetendo-nos necessariamente para reflexões e análises tão simples e, ao mesmo tempo, tão complexas como as gentes e a cultura que lhe estavam/estão associadas. Depois porque cruzamos com 3 pessoas que “peregrinavam” a S. Bento. E o que tem isto de espanto? Nada. Pelo menos contado assim! O espanto está em pequenos detalhes. Mas por que raio fui eu olhar para os pés daquela senhora! Descia sem calçado, tendo nos pés apenas umas meias…dessas meias grossas vulgares! E como se não bastasse, depois de chegados às Peijoqueiras, inconscientemente 🙂 escorvou-se o potencial explosivo que carrego quase sempre que caminho com o Rui. Nós os dois sozinhos e com os pensamentos maquiavélicos que frequentemente se apoderam das pernas, não era caminhada se não metessemos uma complicação qualquer…e se um diz mata, ou outro, já nem diz nada! Esfola-se e já não se diz mais nada. O Rui até é vegetariano!!! 🙂
Foi um dia bem passado! Subir até às Peijoqueiras, é como pisar chão sagrado. Cada detalhe, cada pedra do caminho, remete-nos para Artes, Ofícios, Mestrias, Culturas e Vivências extraordinárias e únicas. As pedras falam…só precisamos de aprender a lê-las!
Obrigado Rui….mas ouve lá, aquela mariola, a tal, foste tu que fizeste, não foste?
Algumas fotos:
…aquela mariola? Não tenho nada a ver com isso… (assobiando discretamente para o ar…)…
😉
Abraço