Sábado, 12 Fevereiro
Um Sábado passado entre o Xurés e o Gerês. Mais um passeio Raiano. Tudo se iniciou (e terminou) na Ernida do Xurés. Quando ali cheguei, já um simpático grupo ultimava os preparativos para começarem a sua caminhada.
Aguardei os meus companheiros do dia, refazendo o meu saco. Um pouco mais tarde, também nós seguimos pelo trilho das Sombras. Um pouco mais ligeiros, deixamos para trás esse grupo ao chegar ao complexo mineiro, prosseguindo depois até à Amoreira. Depois de algumas nuvens ameaçadoras de mudança de tempo terem coroado o Altar de Cabrões, o tempo estabilizou. A vontade era muita. O tempo ajudava. O resto nem foi preciso dizer… ‘bora lá, por aí acima, antes que se faça tarde.
Mas não ficámos por esse alto. Entre o Altar de Cabrões e o marco de Carris, com o azul espelhado da represa ali aos pés, a vontade cresceu mais um bocadinho, trocaram-se uns olhares, e quase sem dizer nada, apontamos à Nevosa. Depois, depois foi descer, fazer uma pausa, repor energias e regressar calmamente. Ainda encontrámos dois caminheiros espanhóis que aparecerem vindo do Pico do Sobreiro e acabavam de subir em linha recta vindo das minas das Sombras. Breve conversa, dentro da cordialidade conveniente nestas coisas de partilhar a montanha, e despedimo-nos para continuar em sentido oposto.