Subida ao Alto de Santa Eufémia

Domingo, 23 de Janeiro de 2011



Embora as previsões para o fim-de-semana fossem de bom tempo, (entenda-se, céu limpo) no respeitante ao vento frio e forte, eu tinha os meus receios.

Toca de puxar pela cabeça, colocar o chapéu pensador, e pensar onde iria eu com o Xavier e a Xarah.

– Já que está vento, digo cá para os meus botões, vamos experimentar vento. Mas sem riscos e de forma agradável, dizia-me o anjinho bom, ao mesmo tempo!

– Que tal subir a S.ta Eufémia, sempre ao socairo, tentando o primitivo trilho da Chan da Carballa, e depois de chegar lá cima, levar com umas boas rajadas do tal vento que se prometia? Todos os outros trilhos que me ocorriam como possíveis para “apresentar” ao Xavier, pareciam-me demasiado expostos ao forte vento Leste que já tinha “mamado” na 6ª feira ao subir ao Cantarelo, e digo-vos, o “biberão” estava mesmo frio…

Tudo como o previsto. À hora certa no local certo, um pequeno-almoço no Cubano para aclarar ideias, e zarpa que se faz tarde. Uma manhã fria, (-2,5ºc às 8:30h) mas, incrivelmente, quase sem vento! – Bons agoiros!Assim foi. Seguimos para Ludeiros – Cimodevila, para estacionar junto à capela de S. Pedro, mais propriamente debaixo do carvalho mais “surrealista” que conheço! 🙂 Pernas ao caminho, sempre na esperança de encontrar o trilho mais transitável, ou melhor, transitável, pois da última vez que o tentei (re)fazer, o mato era muito e fez-me mudar de ideias.Um sentimento de alívio invadiu-me quando ao avistar o trilho, ainda bem cá de baixo, o seu contorno estava perfeitamente definido encosta acima. Que bom, pensei de imediato. Com esta luminosidade e a esta hora do dia, com o trilho tão limpo como o céu, que mais se poderia querer? A paz que reinava por aquelas bandas enchia-me a alma…Mas o melhor aconteceu, como quase sempre, depois do “cume”. Ao tentar encontrar o outro antigo trilho para descer, pensando, (erradamente) que teria sido incluído nos recentes trabalhos de limpeza, fomos presenteados por um espectáculo maravilhoso. Contemplamos, durante largos minutos e muito próximo de nós, o voo de duas águias. Esta observação valeu o dia! Já ficaram para trás as paisagens maravilhosos e o desafiante trilho que tínhamos percorrido até ali. Entre a “atrapalhação  do fotografar” desta situação, e a opção de ser um privilegiado espectador, escolhia a segunda! Das fotos que tentei fazer, infelizmente, nada se aproveita. Mas o momento valeu!!!!!!

Agradeço ao Xavier ( e à Xarah) a companhia e o entusiasmo transmitido.