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É. É um Rally em plena reserva da biosfera. Coisa rara! mas é verdade. ‘Sustentabilidade’..eles lá sabem e provam!
Realizou-se ontem a 8ª edição do Rallye Ourense Baixa Limia. Estão todos de parabéns. Assim, e nada tendo contra o automobilismo, a modos que “haciendo el parvo”, pergunto eu: – Quem autoriza este tipo de actividades num Parque Natural, Transfronteiriço e Reserva da Biosfera? Bom, já se tinha feito anteriormente, dirão alguns. É certo. Mas também não há necessidade de continuar a insistir na asneira. Ou haverá! Quem sabe?
Talvez o saiba aquele senhor que integrava o pequeno grupo de pessoas que se vêem no final do curto vídeo acima. Ao chegar a Cela, vindo de Ganceiros pelo trilho que passa pelo Rebordiño, farto de ouvir os carros acelerando e indignado com a realização desta prova, aproximei-me destes senhores e, percebi de imediato, que o errado era eu! Comecei com ironia, perguntando se o dinheiro gerado por estas actividades seria aplicado na limpeza dos trilhos…e se, já agora, podiam realizar um rally cada semana, incentivando o Turismo. “Cada uno fai o seu deporte!”. Foi a resposta que levei. Claro que retorqui. Perguntei se um caminheiro está errado ao andar num Parque Natural e se achavam correcta a realização de um rally.
Ainda tive tempo para ouvir das que não quis! das quais se salienta esta:“Non lo sabeis? estes (eu, para o caso) levam toda unha vida andando, e non chegan a ter can!”
– Para não descer mais baixo do que considero “sustentável”, para conversas deste tipo, com este tipo de gente, atravessei a estrada, fotografei um carro, despedi-me destes senhores com a cordialidade que preservo, e voltei a Ganceiros, continuando a ouvir o roncar dos motores, pelo mesmo “sendeiro”, por limpar, e com uma sinalização duvidosa… de que vos falarei…PERDONEN LAS MOLESTIAS!
Também ficou isto:
Farto e cansado de falar, estou eu! Há outros que também estão:
São, infelizmente, abundantes as coisas insólitas que acontecem na “gestão” do PNPG e do PNBL-SX. Não faltam (maus) exemplos daquilo que, aos olhos do visitante comum, por mais boa-vontade e compreensão que lhe assista, não têm explicação.
Não quero procurar culpados nem analisar modelos de gestão, matéria em que me considero perfeitamente ignorante. Posso tentar, com razoável esforço, entender tais actos como perfeitamente legítimos, respaldados em decretos e portarias vigentes. Posso até, num derradeiro esforço, tentar ignorar tais coisas! Lá isso posso. Mas não consigo. Sinceramente, não consigo. Ele é do lado de cá. Do lado de lá. De todos os lados e a toda a hora. Asneiras e mais asneiras. Tudo isto no Parque Transfronteiriço, Reserva da Biosfera- PNPG & PNBL-SX , com certificação PAN PARKS,( mestres do show-off, ou será que são mentiras? que parolos! mas desde que corra dinheiro, vale tudo)
Não devo nada ao Movimento PNPG Com Gente, atenção! Refiro a organização apenas para exemplificar um caso absurdo. Quem sabe explicar isto ? E por falar em absurdo, e coisas velhas…em pleno PNBL-SX, e em zona de reserva especial para a qual é necessária autorização para a sua visitação, deparei-me com uma difícil de acreditar. No passado mês de Agosto decidi visitar, mais uma vez, a aldeia de Salgueiro. A ideia era avaliar a evolução da “desastrosa” para não dizer “criminosa”, recuperação da aldeia. A última vez que a tinha visitado(2009), deixou-me perplexo e catatónico. Não queria acreditar! Na Galiza? que tem vindo a desenvolver competências arrojadas e de vanguarda na área da conservação e restauro, em consonância com a mais recentes metodologias e técnicas? Fiquei chocado e triste, e pronto procurei uma justificação para que a reabilitação, ou lá o que fosse, tivesse sido executada daquela forma. Desconhecia o projecto global para a aldeia de Salgueiro, mas, francamente, tudo aquilo estava errado. O aspecto dos trabalhos(2009), dos andaimes e de alguns materiais de construção dispersos, bem como os sinais existentes, revelavam uma interrupção brusca da obra. Foi o meu único factor de contentamento! – a asneira, foi parada. Na minha mente, ali mesmo debaixo do hipotálamo, gerou-se um arrepio que me fez desenterrar demónios e ao mesmo tempo procurar alguma lucidez. Fez-se luz! Só pode estar parado, porque, embora tarde, perceberam que está mal! Tranquilizei-me! Só queria acreditar que era assim como eu pensava. Aquilo que tinha idealizado e, aplaudido quando conheci a ideia, ainda poderia ser possível. In dubio pro reo. Está parado e certamente irão repensar esta intervenção! Não vai continuar assim!
Ao mesmo tempo, algumas “intervenções” já executadas eram pouco ou nada reversíveis e profundamente descaracterizantes, contra os mais básicos pressupostos (e não me refiro aos presupuestos, en galego, pois isso dos financiamentos será outra face da mesma moeda!) consagrados nos mais elementares princípios éticos à luz das teorias modernas pós-Cesare Brandi, referência mundial da teoria da Conservação & Restauro. Mas deixemos as teorias de lado e vejamos as coisas pelo lado do bom senso. Afinal é um princípio basilar de qualquer atitude, e como tal primário, antes de qualquer outra coisa.
Sem entrar em detalhes técnicos, em coisas menos evidentes mas não menos importantes (a técnica de colocação do “colmo”, ridícula, simplesmente), basta um simples e contemplativo olhar para de imediato sermos agredidos, por exemplo, pelo tipo de aparelho e pico exibidos pelos remates das cumeeiras nas casas intervencionadas. O uso de cimento Portland de forma desnecessária e abusiva Como se não bastasse e, para matar a galinha dos ovos d’oiro, a maravilha de Salgueiro
foi sacrificada com uma estrada asfaltada. Já se estão a rir? ou a chorar?
Pois é. É difícil acreditar mas é verdade. As obras (felizmente!) estão paradas, mas a estrada apareceu. E por muito de ridículo que isto tenha, já para não falar de financiamentos e gestão que, como disse, não percebo nada, ainda é mais ridiculo o facto de ser necessário autorização para chegar a Salgueiro a péQuando podemos chegar a escassos 1000m, parar o carro e continuar pela estrada asfaltadapara depois continuarmos…
Até passar a a terra batidae por favor não corram, pois o limite é bem claro, 30km/h. Um último detalhe antes de terminar. – A estrada asfaltada tem rails de protecção. Bem. Muito bem! pensaram na segurança. Mas, são rails integrados na paisagem, revestidos de madeira. Mas que bem! assim já não agridem a paisagem…Teria mais a dizer sobre as asneiras que, quer de um lado, quer do outro, se vão cometendo. Desperdiçando financiamentos e oportunidades com investimentos inconsequentes e, muitas das vezes desvirtuando os programas que os promovem, perdemos, de forma irreversível, o potencial que todos (re)conhecem da região. Tenho pena e fico triste. É só “potencial”…e cada vez é menos! É difícil acreditar. Mas não é uma questão de fé, são factos.
Saindo de Lobios pela estrada OU1206 antes de chegar ao Km 4, avistamos sobre a esquerda um pequeno outeiro actualmente muito fácil de localizar devido às antenas ali colocadas recentemente bem como o marco colocado no topo da elevação.
Tomando o caminho existente logo depois da placa indicativa – Castelo de Arauxo – acedemos ao local passando previamente na referida estação de retransmissão.
Segundo o Guía do Patrimonio do Concello de Lobios, “ o castelo asenta sobre un pequeno e escarpado cabezo con grandes penedos no seu cumio- ao que se adaptarian as murallas, os cubos e a torre da homenaxe- dende o que garantia así un perfecto control das terras que dominaba, exercendo sobre elas a autoridade politica, eclesiástica e militar.”
Ainda segundo o mesmo guia, ” o castelo foi obxecto de intervencións arqueolóxicas nos anos de 1988 e 1989 e os materiais arqueolóxicos procedentes delas sitúan a súa vida entre o século XII e a segunda metade do século XV cando coñece a sua destrucíon violenta“
GALERIA:
Edição 2010. 11 Setembro. Parabéns à Organização! Mantendo as tradições, introduzindo ajustamentos, melhorando!
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A Ponte da Retorta era a antiga passagem do Rio Lima na ligação entre Torno e A Herdadiña – concello de Lobios. O seu nome derivará certamente da sua localização no importante meandro entre os lugares de O Foxo e O Portillón. Após a entrada em funcionamento da actual barragem do Lindoso (1992), a albufeira criada fez com que esta passagem fosse desactivada. A via encontra-se cortada e a sinalização existente alerta para o perigo criado com bruscos aumentos do nível e caudal das águas. Terá sido um local de rara beleza. As fotos apresentadas mostram o velho curso do Rio Lima, apenas visível em alturas estivais. O nível das águas em alturas de carga máxima da albufeira ultrapassa as guardas metálicas, algumas das quais já derrubadas por esse mesmo efeito.