O destino da caminhada de hoje foi escolhido em comum acordo, já no carro em direcção ao Xurés. Isto era (só) para ser democrático. Mas não me deixaram! Obrigaram-me a decidir. Pois….de um momento para o outro, já me tinha metido em apuros e o dia ainda estava pela frente. Das muitas possibilidades e sugestões surgidas, na democracia do “..para mim está sempre bem, decide tu!”, a minha dúvida era bipolar! ainda bem. e como dúvida que se preze, mete discussão, discutimos. Não discutimos “o sítio onde iríamos”, mas sim, “quem decidia”. Calhou-me a mim! infelizmente
Era impensável “arrastar” estes companheiros para visitar a área ardida recentemente. Era o que eu tinha “destinado” para hoje!
Depois de um arrepio que me deixou desconfortável, um abanão de cabeça, e com a cabeça entre as orelhas, ainda, o destino apareceu.
Proposta: Subimos até ao ponto mais alto, e quando não houver nada mais alto descemos? Resposta: Vamos!
E fomos para lá…Ao passar a Ponte de Porta Paredes e enquanto o João e o Macedo se concentravam na pouca água corrente e no seu hipotético povoamento de sua predilecção…avistei um poste de marcação do trilho a flutuar semi-encalhado e preste a ir rio abaixoBaixo ao rio, recolho aquele náufrago… e devolvo-o no trilho. (não que seja muito útil, mas …)
Subir! Subir! e depois, mais ou menos sempre a subir…Subir o vale. Contemplando a pouca água que pouco corria…e levando com o vento nas ventas…
E com estes três raios de luz, contemplando o Pion de Paredes, último guardião das Sombras à nossa frente e escondendo o Altar de Cabrões, continuámos a subir.Deixando o olhar preso na Lua ( o avião era escusado!) e no maciço de Baltar que ficava para trás, subimos…de Mina em Mina…com Cabrões pelo meioE depois foi só procurar qualquer coisa mais alto pelas redondezas…
Fechei (fiz que fechei) os olhos para não ver a serra a preto e branco…e voltámos pelas sombras das Sombras. Os astros estão certos e o Sol já vai mais baixo…mas o Tempo…o Outono, o Outono vai mesmo tolo não vai?
E depois de tanto subir e descer…fomos para o carro que estava mesmo ali onde tinha ficado,… a melhor coisa depois de uma caminhada quando termina longe de casa…Obrigado aos companheiros por me aturarem! a culpa é do João que me disse para insistir na linha…pois